Educação no Brasil: o Poder Público será capaz de acompanhar a evolução da classe média emergente?

Quanto mais o Brasil poderá crescer? Para qualquer economista que estude o país, essa pergunta é fundamental. O Brasil tem a demografia do seu lado, mas de que maneira essa economia pujante prosseguirá em sua trajetória de crescimento ao agregar um contingente maior de brasileiros à sua nova classe média?
Tomemos o caso de Pedro. Ele nasceu em 2004 em Carajás, uma cidade rural do norte do Brasil. Aproximadamente quatro milhões de crianças na sua idade não estão na escola, mas ele pertence aos 91,5% de indivíduos entre quatro e 17 anos que estão estudando. Infelizmente, ao chegar ao terceiro ano, somente 34,2% da sua turma terá atingido as habilidades esperadas em matemática e linguagem. No nono ano, 26,2% apenas terão o domínio esperado sobre as habilidades de linguagem e 14,2% apenas dominarão o conteúdo de matemática. Na verdade, as chances são de 50/50 de que Pedro conclua o ensino médio. Será que ele engrossará o contingente de 69% de adultos analfabetos funcionais?
A falta de mão de obra qualificada, da qual Pedro deverá fazer parte, não é novidade no Brasil. Artigo seguinte...